sábado, 19 de novembro de 2011

É AMOR

Quando em teu corpo me enlaço
Sinto meu sangue ferver
Eu te possuo, te abraço
Mas depois fico a sofrer

Quando em orgias me perco
No teu corpo sensual
é oásis no deserto
Da minha sede letal

Quando calado me dizes
Aquilo que queres calar
Eu sinto que há cicatrizes
Que ainda teimam sangrar

Quando tudo isto acontece
E a saudade é maior
Se todo o ser estremece
Acredita...Isso é amor

PORTIMAO : 14/02/1998

MANUEL FERREIRA MARQUES

AMÁLIA

AMÁLIA

Calou-se a Voz, que nos encantou
Quedaram-se as mãos, com que acenaste
Parou o coração ,que tanto amou
Subiste ao além de onde vieste

Deixaste o teu corpo frio e triste
De amores e desamores ,foi o teu fado
Levas-te a tua alma porque resiste
A tudo que é carnal, no mundo alado

Morreste Amália nossa ,não te choro
Choraste a vida inteira neste mundo
Cantar-te, é dizer-te que te adoro
Tu és a nossa Diva ,o bem jucundo

A tua morte Amália , foi carnal
Tu presença será perpetuada
Na tua voz límpida, imortal
Serás eternamente relembrada

Bem-haja por haveres sido
a Diva do nosso povo
Deixas tua voz num gemido
Mas é sempre canto novo

Se o fado foi o teu fado
E o fado é a nossa voz
O fado por ti cantado
é cantar de todos nós

portimão : 06/10/1999
Manuel Ferreira Marques

TU.............

Não é ‚ o teu corpo ,que me faz falta
Nem a languidez dos teus abraços
Nem a pérfida aventura, hoje me exalta
Quando todo meu ego está em pedaços

Nem teus beijos por esmola ,embora escassos
Que apesar de negados ,por sentença
Anulam minhas carências erros crassos
Que requisitam teu intimo e presença

Nega-me tudo o que quiseres
O sexo, o corpo e outros prazeres
Tudo o que seja futilidade

Mas não me negues ,se te aprouver
O que de melhor tem o ser
A tua companhia e amizade...


PORTIMÃO : 02/10/1998

amigo

Não é ‚ o teu corpo ,que me faz falta
Nem a languidez dos teus abraços
Nem a pérfida aventura, hoje me exalta
Quando todo meu ego está em pedaços

Nem teus beijos por esmola ,embora escassos
Que apesar de negados ,por sentença
Anulam minhas carências erros crassos
Que requisitam teu intimo e presença

Nega-me tudo o que quiseres
O sexo, o corpo e outros prazeres
Tudo o que seja futilidade

Mas não me negues ,se te aprouver
O que de melhor tem o ser
A tua companhia e amizade...


PORTIMÃO : 02/10/1998

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

poesia - prostituta

Onde vais moça formosa
Tão bem pintada tão bela
Já vais p’ ra boa-vai-ela
Vais desfolhar tua rosa

Porque não trocas de vida
E vives como qualquer
Tu que sabes ser mulher
E andas assim perdida

Tu, sabes melhor que ninguém
Os podres que o mundo tem
Tenta da lama fugir

Não penses que te perdeste
Pensa apenas que aprendeste
Para não voltares a cair...

LETRA E MUSICA : M.F. MARQUES

FESTEJO

Vinde bobinas do prado
Enfeitar minha tristeza
Vinde toda a natureza
Dançar comigo no adro

Se por vergonha não brado
Repicai sinos d ’aldeia
Trazei a taça bem cheia
Do vinho do meu agrado

Vou festejar o noivado
Mas quero ter a meu lado
Quem saiba morrer de pé

Abri os braços e vinde
E vamos fazer um brinde
Em taças de amor e fé...

Portimão : 01/12/1977

Letra e musica : M.F. Marques

CATECISMO

Se uma criança morre, vai para o céu
dizia o catecismo em que apreendi
Quem tiver tinta anos, como eu
Qual será o nosso lugar ali.

Não pode ser assim, como o que li
Também os pecadores merecem céu
os meus males da alma, nunca os vi
Mas sei que desde a infância adoeceu

Na terra, quem precisa de enfermeiro
Não è o que está são ou cativeiro
Mas quem tiver o corpo mazelado

Espero, que no céu, de alma doente
Tenha um irmão de luz, como assistente
ou DEUS, cirurgião no mundo alado...

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

poesia - nega-me quase tudo

Não é ‚ o teu corpo ,que me faz falta
Nem a languidez dos teus abraços
Nem a pérfida aventura, hoje me exalta
Quando todo meu ego está em pedaços

Nem teus beijos por esmola ,embora escassos
Que apesar de negados ,por sentença
Anulam minhas carências erros crassos
Que requisitam teu intimo e presença

Nega-me tudo o que quiseres
O sexo, o corpo e outros prazeres
Tudo o que seja futilidade

Mas não me negues ,se te aprouver
O que de melhor tem o ser
A tua companhia e amizade...


PORTIMÇO : 02/10/1998

MANUEL FERREIRA MARQUES

poesia -FELICIDADE

FELICIDADE

Eu busco a felicidade
Como quem busca uma estrela
Só encontrei falsidade
Felicidade?... Nem vê-la

Eu procurei nas vielas
Onde o vício se perdeu
Trouxe no corpo mazelas
Que esse vício me ofereceu

Procurei sob os escombros
Da minha vida passada
E carreguei sobre os ombros
Os restos de tudo e nada

Procurei nos meus segredos
Escondidos no porão
Só encontrei os meus medos
A felicidade é que não

Procurei na solidão
A que esta vida me obriga
Procurei na multidão
Que me aplaude e fustiga

Procurei em todo o lado
Pela dita felicidade
Estou a ficar cansado
Com a triste realidade

Tanta busca fracassada
A interrogação persiste
Ou eu vivo a vida errada
Ou a felicidade não existe.

PORTIMÃO : 23/09/1999

MANUEL FERREIRA MARQUES

poesia - OBRIGADO

Tu que me dás teu regaço
Para ouvires meu desabafo
Se o desalento vier
Quando a vida me castiga
A tua palavra amiga
Me dá forças para viver

Quando a saudade me dói
E o desânimo me destrói
É em ti , que eu busco abrigo
Obrigado companheiro
Tu ‚és o meu conselheiro
Obrigado, bom amigo!



PORTIMÃO: 28/10/1998

MANUEL FERREIRA MARQUES

poesia - CONVERSA ASTRAL

CONVERSA ASTRAL

Lembras-te minha mãe, há quanto tempo
Tu me desventraste para o mundo
Bendita sejas, mãe, pelo sofrimento
Merecias ter tido um viver jucundo

Lembras-te minha mãe, quanto cuidado
Eu te dei, p'la vida fora, até partires
Bendita sejas, mãe , pelo teu fado
Bendita sejas, mãe, por me parires

Continua, minha mãe, no além morte
A dar o teu desvelo neste meu trilho
Perdoa-me se merecer, o teu perdão

Eu sigo, cá na terra, entregue à sorte
Por vezes minha vida não tem brilho
tudo passa, quarenta e oito, já lá vão...


PORTIMÃO: 18/07/1998


MANUEL FERREIRA MARQUES

poesia - CONVERSA ASTRAL

CONVERSA ASTRAL

Lembras-te minha mãe, há quanto tempo
Tu me desventraste para o mundo
Bendita sejas, mãe, pelo sofrimento
Merecias ter tido um viver jucundo

Lembras-te minha mãe, quanto cuidado
Eu te dei, p'la vida fora, até partires
Bendita sejas, mãe , pelo teu fado
Bendita sejas, mãe, por me parires

Continua, minha mãe, no além morte
A dar o teu desvelo neste meu trilho
Perdoa-me se merecer, o teu perdão

Eu sigo, cá na terra, entregue à sorte
Por vezes minha vida não tem brilho
tudo passa, quarenta e oito, já lá vão...


PORTIMÃO: 18/07/1998


MANUEL FERREIRA MARQUES

terça-feira, 1 de novembro de 2011

poesia - MALDADE HUMANA

LATE UM CÃO VADIO, NA NOITE CALADA
O FUMO DO CIGARRO VAI SUBINDO
ENQUANTO DA CANETA Vão SAINDO
PALAVRAS... QUE TALVEZ NÃO DIGAM NADA

PALAVRAS QUE TEIMOSAS VÃO SURGINDO
TENTANDO DIZER ALGO QUE NÃO BRADA
COMO AQUELE QUE FALANDO, NÃO DIZ NADA
ESSE! QUE NA VIDA ANDA MENTINDO

VAMOS PENA MINHA ESCREVE JÁ
E PEDE ENTÃO AO MUNDO QUE NÃO VÁ
ALIMENTANDO-SE DE ARMA E MATANDO

DEIXA OS CANINOS DA MALDADE
NOITE E DIA LATINDO Á VONTADE
QUE A CARAVANA DA VIDA... VAI PASSANDO


MANUEL FERREIRA MARQUES